sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Superclássicos inesquecíveis

Separamos quatro partidas que, certamente, as torcidas riverplatenses e boquenses se recordam muito bem. Tem River vs. Boca nas semifinais da Libertadores; el debut de Diego Maradona em Superclássicos; goleada dos millonarios em plena Bombonera e uma jogasso com nove gols. Confira:

River Plate 5x4 Boca Juniors - Campeonato Argentino de 1972

Dentre todos os Superclássicos da história, este foi o que teve o maior número de gols. O jogo aconteceu em 15 de setembro de 1972, no estádio do Veléz Sarsfield (outro clube de Buenos Aires). O River Plate vencia por 2 a 0 e dominava a partida. Se dando ao luxo de perder um pênalti, o Boca reagiu e virou para 4 a 2. Mas o River conseguiu empatar o jogo novamente e, no último minuto, Carlos Morete marcou o gol da vitória riverplatense.


Boca Juniors 3x0 River Plate - Abril de 1981 - A estreia de Maradona

Com 20 anos de idade e recém-chegado do Argentinos Juniors, Diego Maradona estreava em Superclássicos e, desde já, fez questão de mostrar seu enorme talento. El Pibe d'oro fez grande jogada para o primeiro gol de Brindisi. Maradona ainda fecharia a goleada, driblando o goleiro campeão mundial Ubaldo Filol e estufando as redes da Bombonera. Vale a pena conferir a técnica de Dieguito:



Boca Juniors 0x3 River Plate - Torneio Apertura 1994

O River Plate foi à Bombonera e engoliu o rival: 3 a 0, gols de Francescoli, Gallardo e Ortega, que, com 20 anos na época, era a grande promessa do futebol argentino. O jogo teve dois pênaltis marcados pelo árbitro Javier Castrilli (lembra dele?). Ao fim do ano, os riverplatenses ainda conquistariam o título do campenato.


River Plate (4) 2x1 (5) Boca Juniors - Semifinais da Libertadores 2004

Após eliminar São Caetano e Deportivo Cali, respectivamente, Boca e River se encontraram nas semifinais do torneio de clubes mais importante das Américas. Depois de vencer na Bombonera por 1 a 0, os boquenses foram ao Monumental de Nuñez. A partida estava empatada até os 50min do segundo tempo, quando Nasuti, aproveitando uma bola espirrada na grande área, fez o segundo dos millonarios e levou a disputa para as penalidades. Veja como foi esse jogão:

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

El Superclássico: Boca Juniors vs. River Plate

Ontem foi dia de Superclássico em Buenos Aires. River e Boca vão mal no Campeonato Argentino - nenhum deles briga pelo título. Os riverplatenses, inclusive, lutam contra um possível descenso. Mesmo assim, o jogo foi pegado, brigado, disputado... porque clássico é clássico! Ao fim da partida, no Monumental de Nuñez, o placar apontava 1 a 0 para o River Plate, que ganhou novo fôlego para fugir do rebaixamento. O gol que selou a vitória foi marcado por Maidana, ex-Boca Juniors.

O Clube Atlético River Plate nasceu da fusão entre os clubes Santa Rosa e La Rosales, oficializada no dia 25 de maio de 1901. Seu arquirrival é mais jovem: o Clube Atlético Boca Juniors foi fundado no dia 3 de abril de 1905, por jovens imigrantes italianos.

Boca e River, apesar de grandes rivais, têm muito em comum. Ambos possuem origens genovesas. Os torcedores do Boca são chamados de “Xeneizes”, palavra que significa genovês num dialeto local. Do outro lado, as cores do River Plate (branco, vermelho e preto) foram inspiradas na bandeira de Gênova.

Fundados no mesmo bairro da capital argentina Buenos Aires (La Boca), os dois clubes disputavam liderança e torcida na região. Ambos utilizavam uniformes das mesmas cores: branco, com uma listra vermelha vertical. Uma partida amistosa foi marcada pra decidir quem adotaria novos uniformes. O vencedor não trocaria seu equipamento, mas teria que se mudar para outro bairro. O River Plate bateu o Boca Juniors por 2 a 1 e teve de se mudar para Belgrano, na zona norte da cidade.

A mudança de bairro acirrou ainda mais a rivalidade entre os clubes. O norte da capital é uma região mais desenvolvida e nobre, enquanto que o sul, mais humilde, era onde moravam os operários. O clássico ganhou a dimensão de jogo do 'time do povo' contra o 'time da elite' e, por esse fato, o River Plate ganhou um apelido que possui até hoje: os milionários (los millonarios).

O primeiro clássico da era profissional

Em 20 de setembro de 1931, Boca e River fizeram o primeiro clássico desde que fora criada a liga profissional do futebol argentino. O histórico de grandes confusões começava aí. Logo aos 16 minutos de jogo, os millonarios abriram o placar com gol de Peucelle. Após dez minutos, foi assinalado um pênalti para o Boca Juniors. Os jogadores do River ficaram inconformados com a marcação do árbitro Juan Escola. Após defender a cobrança e o primeiro rebote, o goleiro Jorge Iribarren não conseguiu segurar a terceira tentativa, e o Boca empatou o Superclássico. As reclamações dos millonarios continuaram e os ânimos se acirraram.

Três jogadores do River foram expulsos e a confusão chegou às arquibancadas. Os atletas riverplatenses deixaram o gramado. Fora do campo, muitos torcedores saíram feridos. A decisão de quem seria o vencedor da partida foi parar nas mãos da AFA, que optou por dar os pontos da partida para o time de La Boca.

Episódios marcantes

Em 23 de junho de 1968, Boca e River protagonizaram uma das maiores tragédias da Argentina: um episódio conhecido como ‘La Puerta 12’. Após um empate sem gols no Monumental, a torcida boquense tentava deixar o estádio, mas o Portão nº 12 estava trancado. Ele não se abriu, mas a multidão que seguia logo atrás não sabia disso. Resultado: 71 torcedores morreram asfixiados e pisoteados no tumulto.

Em 23 de dezembro de 1928, o Boca Juniors aplicou a maior goleada da história do Superclássico. Os boquenses, que jogavam em casa, derrotaram o rival por 6 a 0. O ritmo dos xeneizes foi tão intenso que o capitão do River Plate teria pedido ao árbitro para terminar o jogo aos 38min da segunda etapa.

Em 9 de dezembro de 1962, Boca e River disputaram a taça de campeão nacional. O brasileiro Paulo Valentim colocou o Boca na frente, mas nos minutos finais da partida o árbitro Carlos Nai Foino assinalou pênalti para os millonarios. O também brasileiro Delém cobrou e, após se adiantar escandalosamente, o arqueiro Antonio Roma defendeu a penalidade. Sob protesto dos riverplatenses, o juizão justificou sua atitude citando uma frase épica, que anos mais tarde viria a se tornar uma máxima do futebol: “Pênalti bem batido é gol”.

O Superclássico de maior número e gols aconteceu em 15 de setembro de 1972, no estádio do Veléz Sarsfield. O River Plate vencia por 2 a 0 e dominava a partida. Se dando ao luxo de perder um pênalti, o Boca reagiu e virou para 4 a 2. Mas o River conseguiu empatar o jogo novamente e, no último minuto, Carlos Morete marcou o gol que daria a vitória ao time da faixa vermelha: 5 a 4.

Estádios

São dois verdadeiros caldeirões. O Estádio Alberto José Armando, mais conhecido como La Bombonera e capaz de comportar 50 mil pessoas, é a casa do Boca. O River Plate manda seus jogos no Monumental Antonio Vespucio Liberti, o Monumental de Nuñez. Com a maior capacidade do país (70 mil), o Monumental foi palco da final da Copa do Mundo de 1978, quando a Argentina derrotou a Holanda e conquistou seu primeiro título mundial.

Jogadores Brasileiros

Com 10 gols marcados em partidas oficiais, o ex-atacante brasileiro Paulo Valentim é o maior artilheiro do Boca Juniors em Superclássicos (o grande artilheiro do dérbi é Angel Labruna, ex-River, que anotou 16 gols em jogos oficiais). No Brasil, Paulo foi jogador de Atlético-MG, Botafogo e São Paulo. O ex-atleta chegou a se mudar para Buenos Aires depois de encerrar sua carreira. Lá ele morreu, em 1984.

O lateral Baiano e o atacante Iarley são exemplos recentes de brasileiros que atuaram no maior dérbi argentino. Iarley, hoje no Corinthians, marcou um dos gols da vitória boquense por 2 a 0, em 2003, no Monumental de Nuñez, que impulsionaria o time de La Boca para a conquista do Torneio Apertura.

Grandes jogadores do futebol argentino já disputaram o Superclássico por ambos os lados, como o matador Gabriel Batistuta, o ‘pássaro’ Claudio Caniggia, ‘el cabezón’ Oscar Ruggeri, o volante Sergio Berti, o folclórico goleiro Hugo Gatti, além de Jorge Higuaín, pai de Gonzalo Higuaín, atacante do Real Madrid revelado pelo River Plate.

Numa pesquisa realizada pelo jornal The Observer, em comemoração aos seus 50 anos de existência, foram chamados especialistas de diversas áreas esportivas para falarem sobre situações apaixonantes. Escolhido para falar sobre futebol, o editor da World Soccer Magazine citou o Superclássico como um dos 50 espetáculos esportivos que há de se ver antes de morrer.


(Por Diego Mendes e Diogo Rodrigues)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Post-aviso

Terça-feira é dia de Superclássico na Argentina: River Plate vs. Boca Juniors se enfrentam no Monumental de Nuñez, às 19h. O Blog Arquirrivais está preparando um especial sobre o maior dérbi argentino. Aguarde.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Clássicos inesquecíveis entre Figueirense e Avaí

Fizemos uma pequena seleção de vídeos para retomarmos alguns momentos e personagens inesquecíveis na história do clássico de Floripa. O primeiro vídeo relembra o último clássico ocorrido no estádio Adolfo Konder; o segundo é da vitória do Avaí em 2008, em partida válida pelo Catarinense, em que Bebeto se envolveu em grande confusão ao comemorar em frente a torcida adversária; e, para finalizar, o clássico deste ano, que teve gol depois dos acréscimos, confusão da arbitragem e revolta de torcida e jogadores.

Último clássico disputado no Adolfo Konder - Avaí 0x2 Figueirense - Catarinese 1983

Avaí e Figueirense fizeram o último clássico no Adolfo Konder em 15 de setembro de 1983. A partida valia a vaga para a final da segunda fase do Catarinense, que, em homenagem ao Gênio das Pernas Tortas, naquele ano recebeu o nome de Taça Mané Garrincha. Carlos Roberto e Albeneir foram os autores dos gols da vitória do Figueira naquela partida, marcada por muita chuva e lama. O Figueirense ainda seria o campeão do torneio, após vencer o Marcílio Dias por 1 a 0 na grande decisão.



Comemorações, expulsões e polêmicas - Figueirense 0x2 Avaí - Catarinense 2008

A partida entre Avaí e Figueirense, válida pela oitava rodada do returno do Estadual, foi marcada por uma grande confusão após o último apito do árbitro. O Avaí vencia por 1 a 0, gol de Fabrício, quando, aos 48 minutos do segundo tempo, em contra-ataque rápido, Bebeto marcou o segundo, para selar a vitória avaiana. Na comemoração, o atacante mandou a torcida adversária ficar quieta, enquanto o companheiro Marquinhos (hoje no Santos) fazia a dança do créu. Asprilla e Élton tomaram as dores da torcida e partiram para cima dos jogadores do Leão da Ilha. Veja a confusão:



Empate no último minuto - Avaí 1 x 1 Figueirense - Catarinense 2010


Já no fim do jogo, disputado na Ressacada, o Avaí vencia por 1 a 0 e o juiz sinalizou três minutos de acréscimo. Aos 47 minutos do segundo tempo, um torcedor jogou um foguete na área do goleiro avaiano Zé Carlos. Houve uma pequena interrupção e o árbitro retomou a partida. Aos 49 minutos, em lance polêmico, o Figueira conseguiu o empate. Houve muita reclamação por parte do time da casa, que alegou que o tempo de acréscimo já havia acabado e que o goleiro Zé Carlos havia sofrido uma falta no lance. Assista e tire suas próprias conclusões:




Curiosidade: Em 1971, Avaí e Figueirense protagonizaram o chamado 'Clássico da Vergonha'. A denominação se deve ao fato de que, naquele amistoso em alusão à "Revolução Democrática de 64" (golpe militar), o juiz expulsou todos os 22 jogadores. Não sobrou nenhum em campo e o jogo acabou aos 10 minutos do segundo tempo. Para mais detalhes, clique aqui.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Figueirense vs. Avaí, o clássico de Florianópolis

13 de abril de 1924. Foi nessa data que Avaí e Figueirense jogaram pela primeira vez uma partida de futebol. Esse dérbi, disputado há 86 anos, é o mais antigo ainda em disputa no futebol catarinense.

Mas esse fato está consumado hoje só porque um ano antes, em 1923, um comerciante de Florianópolis, chamado Amadeu Horn, por acaso conheceu alguns garotos que se organizavam toda semana e jogavam uma “pelada” no bairro Pedra Grande. Amadeu ofertou a eles bolas de futebol, chuteiras e também uniformes – camisas azuis e brancas, calções e meias azuis –, homenageando as cores do clube para o qual torcia, o Riachuelo, time extinto do futebol catarinense. Depois disso, resolveram fundar um clube de futebol, presidido pelo próprio comerciante, que o batizou de Avahy Foot-Ball Club. A origem do nome é a batalha do Avahy, ocorrida durante a Guerra do Paraguai.

Nessa época, no Bairro da Figueira, o arquirrival do Avaí já tinha dois anos de vida. Em 12 de junho de 1921, o sindicalista João dos Passos Xavier, juntamente com um grupo de amigos, fundou o Figueirense Futebol Clube. A diferença na criação dos clubes é lembrada até hoje pelos torcedores, pois é dito que, enquanto o Avaí era uma equipe provinda da elite, o Figueirense veio do povo. (fonte: Maury Dal Grande Borges - 85 Anos de Bola – 1996).

Daí nasceu a rivalidade entre os times da capital catarinense. Até os dias atuais existe o rótulo de “time da elite” para a equipe avaiana, enquanto o Figueira é conhecido como time das massas. Esse fato já foi relatado pela Folha de S.Paulo, em 23 de outubro de 1997, quando o jornal comparou o Alvinegro com o Corinthians, por ser um time das massas, estar cheio de dívidas trabalhistas, salários atrasados. Do outro lado, o Avaí sempre contava com o apoio dos torcedores em horas difíceis como essas. Os empresários e comerciantes torcedores do time não deixavam a equipe afundar.

Primeiro confronto

O primeiro jogo, que aconteceu em 1924 e foi vencido pela equipe do Figueirense, já é uma mostra dos grandes embates que os clubes protagonizaram. O placar foi de 4 a 3 para o Alvinegro, tendo em vista que o Avaí vencia a disputa por 3 a 0. O jogo foi realizado no Estádio Adolpho Konder, que na época ainda não tinha esse nome, era chamado de “Campo da Liga” – ele só viria a se tornar um estádio em 1930 e passou a pertencer ao Avaí. A partida foi um amistoso.

O ano de 1999

Esse ano ficou marcado para as equipes catarinenses. Mais do que isso, foi a prova de que os dois times voltaram de vez para o cenário nacional. Avaí e Figueirense passaram por décadas difíceis. Quando ambos chegaram a jogar a segunda divisão do catarinense, cogitou-se na capital a fusão dos times para tornar um forte e competitivo para tirar a superioridade de Criciúma e Joinville. O ano de 1999 foi feito de disputas históricas. A primeira delas, válida pela primeira fase da Copa do Brasil. O Avaí acabava ser campeão da Série C do Campeonato Brasileiro e eliminou o Figueira, vencendo por 2 a 1 no Orlando Scarpelli e garantindo a vaga com um empate sem gols na Ressacada.

Com a rivalidade ainda mais acirrada, houve mais um clássico, quando os times chegaram a final do campeonato catarinense daquele ano. Era a oportunidade do Alvinegro dar o troco no rival, que estava em alta. Mas, no primeiro jogo, não foi o que aconteceu: na Ressacada, o Avaí meteu 2 a 0 e deixou uma difícil missão nas mãos do rival. Mas, no Orlando Scarpelli, o Figueirense, que precisava de uma vitória no tempo normal e um empate na prorrogação, seguiu a cartilha e cravou o resultado: 2-1 e 0-0. Destaque para o artilheiro da competição, Genilson, autor dos dois gols alvinegros.

Sobe-e-desce no Brasileirão

Em 2001, os arquirrivais tiveram a oportunidade de subirem juntos para a elite do futebol nacional. Ambos jogaram o quadrangular final da Série B, mas o Figueirense, com um empate (2-2) e uma vitória (2-0) sobre o Avaí, ajudou a destruir o sonho do Leão. O Figueira, por sua vez, voltava à elite após 23 anos.

Ele lá permaneceu até o ano de 2008, ano em que, mesmo vencendo o Internacional em casa por 3 a 1, na última rodada, terminou o campeonato na 17º posição, caindo, assim, para a Série B de 2009. Coincidentemente, o Avaí acabara de ficar em terceiro lugar na segundona, garantindo o acesso à Série A, após uma espera de 30 anos. Esse fato gerou muitas brincadeiras por parte da torcida avaiana.

O curioso é que, ao fim deste ano, pode ocorrer a mesma situação, mas de modo inverso. O Figueira está prestes a conseguir o acesso para a primeira divisão. Do outro lado, na Série A, seu arquirrival Avaí luta incessantemente contra o descenso. Vamos torcer para que haja o dérbi no Brasileirão do ano que vem. Os times se enfrentaram apenas duas vezes em Campeonatos Brasileiros da Primeira Divisão, ambas em 1976. Cada um venceu uma partida por 1 a 0.

Estádios e Torcida

Para substituir o Adolpho Konder, aposentado em 1983, o Avaí, que não podia ampliar o antigo estádio devido à sua localização, construiu o Estádio Aderbal Ramos da Silva (Estádio da Ressacada) para ser sua sede. A capacidade é de 17.800 pessoas.

Do outro lado, o Orlando Scarpelli, estádio do Figueirense, localizado na região continental de Florianópolis, foi construído no dia 12 de junho de 1960 e é o maior da capital, com espaço para 19.069 torcedores.

Os estádios contribuem para a divisão das torcidas existente em Florianópolis, sendo que os torcedores do Avaí se concentram na parte da ilha, enquanto que os alvinegros estão mais presentes no continente. Isso não nasceu assim, tendo que os clubes são originários do Bairro da Figueira e do Bairro Pedra Grande, respectivamente.

As torcidas organizadas famosas dos clubes são os Leãos da Ilha, Mancha Azul e Leão Metal, (Avaí); os Gaviões Alvinegros e Barrigueira (Figueirense).

Números do confronto:


(Por Murilo da Luz e Diogo Rodrigues)

sábado, 23 de outubro de 2010

Clássico-Rei: Jogos e pessoas inesquecíveis

Veja, nesta seção, vídeos históricos do clássico Fortaleza vs. Ceará. Separamos a vitória do Leão na final do Cearense 2010, que deu o primeiro Tetracampeonato da história do Fortaleza; o jogo que decidiu o campeonato cearense em 2006, último título do Ceará em Estaduais e um especial sobre o jogador Clodoaldo.



Fortaleza (3) 1x2 (1) Ceará - Final Cearense 2010

Uma partida histórica entre Fortaleza x Ceará foi a decisão do campeonato cearense de 2010. O Ceará tinha a chance de disparar no número de títulos estaduais: seria o 40º título. Mas não foi o que aconteceu. O Fortaleza ganhou o primeiro jogo por 1 a 0. No jogo de volta, perdeu por 2 a 1, o que levou a decisão para os pênaltis. Nas penalidades, deu Leão: 3 a 1. Foi o primeiro Tetra da história do Tricolor de Aço e a primeira vez que a final do Cearense foi decidida nas cobranças de pênalti. Agora os dois grandes cearenses têm 39 títulos cada um. Veja como foi o jogo:


Ceará Campeão Cearense 2006 - Ceará 1 x 0 Fortaleza
A final do campeonato daquele ano foi com certeza um jogo que os torcedores do Vozão não esquecem. Depois do time passar momentos difíceis e sofrer goleadas, conseguiu chegar à decisão contra o seu arquirrival e venceu, levando os dois à disputa da Copa do Brasil de 2007. Nesse jogo, o Castelão recebeu um público de 57.776 pessoas e teve como destaque o goleiro Adílson e o atacante Vinícius, autor do gol do último título conseguido pelo Ceará em Estaduais. Confira:

Rap do Clodô

A pedido do leitor Oswaldo Botrel – via twitter – hoje publicaremos um vídeo especial sobre o jogador Clodoaldo. O meia, que atualmente faz parte do elenco do Ceará, fez história com a camisa do rival Fortaleza. Francisco Clodoaldo Chagas Ferreira já foi artilheiro do Cearense em duas oportunidades, 2001 e 2003, já foi preso em campo por não pagar pensão alimentícia e atualmente divide opiniões sobre sua condição de ídolo pela saída conturbada que teve do time. Mas em 2003, foi homenageado pela torcida com uma música que o fez famoso em todo Brasil – o “Rap do Clodô”.
Veja o vídeo:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Clássico-Rei da 'Terra da Luz': Ceará vs. Fortaleza

Em 2 de junho em 1914, Luis Esteves Junior e Pedro Freire fundaram o Rio Branco Football Club. O novo time possuía um jogo de uniformes com camisa roxa e calções e meias brancas. Um ano mais tarde, após uma assembleia geral, a diretoria resolveu mudar o nome do clube para Ceará Sporting Club e, com dificuldade para adquirir malhas de cor roxa, mudou as cores da camisa do time para preto e branco, em listras pretas verticais.

Em 18 de outubro de 1918, Alicide Santos, comerciante cearense apaixonado por futebol, fundou o Fortaleza Esporte Clube. As cores escolhidas para representar o time foram azul, branco e vermelho. Por ter estudado na escola francesa College Stella, Alcides teria se inspirado nas cores da bandeira da França. Desde a década de 1910 os dois times eram as maiores forças do estado do Ceará. Nascia o Clássico-Rei, uma das maiores rivalidades da Região Nordeste.

O começo da rivalidade

O primeiro clássico entre Fortaleza e Ceará aconteceu no dia 17 de dezembro de 1918, em partida válida pela Liga Metropolitana Cearense de Futebol. Melhor para o Vozão, que bateu o Fortaleza por 2 a 0.

O Fortaleza conseguiu vencer seu principal rival apenas quatro anos depois, em 1922. Pelo Campeonato Cearense, o Tricolor de Aço goleou o Ceará por 6 a 3. Entretanto, nesse mesmo ano, o Alvinegro Cearense quebraria uma sequência de títulos do Leão, que rumava à sua terceira conquista consecutiva.

Existe tanto equilíbrio entre Ceará e Fortaleza que até mesmo o número de títulos estaduais é igual para os dois: 39 para cada time. O Clássico-Rei já decidiu o Campeonato Cearense 32 vezes. O Tricolor venceu 17 delas, enquanto que 15 ficaram sob domínio do Vozão.


Castelão

Como os estádios próprios de Ceará e Fortaleza não suportam mais que 5 mil pessoas cada um, os Clássicos-Rei costumam acontecer em estádios do governo. O Municipal Presidente Vargas, construído em 1941, costumava ser o palco do dérbi. Mas, no ano de 1973, foi inaugurado o estádio Governador Plácido Castelo (Castelão), que já chegou a receber 120 mil pessoas, e hoje comporta 60 mil.

Construído pelo governo estadual, o Castelão abrigou um dos confrontos de maior público do futebol do estado do Ceará. Em 11 de novembro de 1973, cerca de 70 mil torcedores foram ver o jogo de inauguração do estádio, que não poderia deixar de ser um Clássio-Rei. Mesmo com o placar de 0 a 0, os cearenses festejaram muito a criação de uma nova casa para o futebol. No entanto, esse número é apenas uma estimativa. Oficialmente, o maior público de um jogo entre Ceará e Fortaleza é de 60.363 torcedores, num dérbi vencido pelo Leão por 1 a 0, em 1991.

O Castelão está entre os 12 estádios-sede da Copa do Mundo de 2014. Ele será reformado e terá capacidade ampliada para 66.700 espectadores, o que o habilita a uma das semifinais da Copa.

O clássico entre Leão e Vozão já até motivou a publicação de um livro: “Grandes Clássicos Reis da História – Ceará x Fortaleza”. Os autores Airton de Farias e Vagner de Farias contam histórias, curiosidades e emoções que revestem esse clássico nordestino.

Outra fonte de informação que conta um pouco do Clássico-Rei é “História do Campeonato Cearense de Futebol", do pesquisador cearense Nirez de Azevedo.

Em 2010

Neste ano, os arquirrivais decidiram o Campeonato Cearense pela 32ª vez. Depois de vencer o primeiro duelo da final por 1 a 0, o Fortaleza foi derrotado pelo Vozão no segundo jogo, por 2 a 1, mas, na disputa de pênaltis, levou o caneco. Com a conquista de 2010, o Tricolor de Aço igualou seu arquirrival no número de conquistas estaduais: 39. Os times também se pegaram pelo Torneio do Nordeste. O alvinegro venceu por 2 a 0, com gols de Wellington Amorim e Ernandes.

Como atualmente o Ceará disputa o Campeonato Brasileiro da Série A (e provavelmente não será rebaixado) e o Fortaleza a Série C, em 2011 os rivais devem se chocar, mais uma vez, apenas pelo Campeonato Estadual. E ano que vem promete: igualados no número de conquistas, os favoritos Vozão e Leão vão lutar com unhas e dentes numa disputa para tirar a prova de quem é o maior vencedor do estado do Ceará.

Amanhã, você confere vídeos de clássicos inesquecíveis Ceará e Fortaleza, aqui, no Blog Arquirrivais. Sugira o seu!


(Por Diego Mendes e Murilo da Luz, com edição de Diogo Rodrigues)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Curiosidade: os 36 clássicos do cabeçalho

Os escudinhos do nosso cabeçalho mostram 36 clássicos do futebol mundial. Alguns não tão conhecidos, como o mineiro Varginha vs. Tricordiano, e outros bem carregados de fama, como o italiano Milan vs. Internazionale. Lançamos um desafio: quantos deles você conhece? (poste um comentário com seu resultado).

Depois, confira a lista com todos os dérbis:




Bayern vs. Munique 1860
(Munique, Alemanha)


Wydad vs. Raja
(Casablanca, Marrocos)


Club Brugge vs. Anderlecht
(Bélgica)


Corinthians vs. Palmeiras
(São Paulo, SP)


Lazio vs. Roma
(Roma, Itália)


Olimpia vs. Cerro Porteño
(Assunção, Paraguai)


Mamoré vs. URT
(Patos de Minas, MG)


Manchester City vs. Manchester United
(Manchester, Inglaterra)


Internacional vs. Grêmio
(Porto Alegre, RS)


Juventus vs. Torino
(Turim, Itália)


Millwall vs. West Ham
(Londres, Inglaterra)


Caxias vs. Juventude
(Caxias do Sul, RS)


Fenerbahçe vs. Galtasaray
(Istambul, Turquia)


Boca Juniors vs. River Plate
(Buenos Aires, Argentina)


Bahia vs. Vitória
(Salvador, BA)


Barcelona vs. Real Madrid
(Espanha)


Remo vs. Paysandu
(Belém, PA)


Celtic vs. Rangers
(Glasgow, Escócia)


Benfica vs. Sporting
(Lisboa, Portugal)


Chivas Guadalajara vs. América
(México)


Olympiacos vs. Panathinaikos
(Atenas, Grécia)


Atlético vs. Cruzeiro
(Belo Horizonte, MG)


Universidad de Chile vs. Colo-Colo
(Santiago, Chile)


Arsenal vs. Tottenham
(Londres, Inglaterra)


Varginha vs. Tricordiano
(Sul do estado de MG)


PSV vs. Ajax
(Holanda)


Orlando Pirates vs. Kaizer Chiefs
(Joanesburgo, África do Sul)


Everton vs. Liverpool
(Liverpool, Inglaterra)


Vasco vs. Flamengo
(Rio de Janeiro, RJ)


Sampdoria vs. Genoa
(Gênova, Itália)


Coritiba vs. Atlético Paranaense
(Curitiba, PR)



Estrela Vermelha vs. Partizan
(Belgrado, Sérvia)


Nacional vs. Peñarol
(Montevidéu, Uruguai)


Milan vs. Internazionale
(Milão, Itália)


Alajuelense vs. Saprissa
(San Jose, Costa Rica)


Fortaleza vs. Ceará
(Fortaleza, CE)



(por Diogo Rodrigues)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

AtleTibas inesquecíves

Separamos alguns clássicos que marcaram a história de Atlético e Coritiba nas últimas três décadas: o jogo da troca de faixas, em 1985; a partida que decidiu o acesso coxa-branca para a Série A do Brasileirão, em 1995; e o Campeonato Paranaense ganho nos pênaltis pelo Atlético, em 2005.

1985 - AtleTiba "amistoso"


Em novembro de 1985, o Atlético foi ao Couto Pereira para entregar as faixas de Campeão Paranaense e recebar as faixas do título do Brasileirão conquistado pelo Coritiba. O jogo era para ser amistoso, mas acabou se transformando numa grande confusão. Jogadores do Coxa partiram pra cima do bandeirinha, alegando irregularidade num gol marcado pelo Furacão. Veja como tudo terminou:




1995 -
Brasileirão Série B - Coritiba 3x0 Atlético

Um AtleTiba na penúltima rodada do Quadrangular Final da Série B. A vitória levaria o Coritiba de volta para a primeira divisão. Alex, Auri e Pachequinho trataram de colocar o Alviverde na Série A de 1996. Com o acesso garantido já antes da partida, o Atlético ainda conquistaria, uma semana depois, o título do Campeonato. Mais de 34 mil pessoas foram ao Couto Pereira, no recorde de público em AtleTibas válidos por torneios nacionais.




2005 - Campeonato Paranaense - Atlético (4) 1x0 (2) Coritiba

Final do Campeonato Paranaense. No primeiro jogo, disputado no Couto Pereira, vitória do Coritiba, 1 a 0. Na partida de volta, Arena da Baixada lotada, e o Furacão devolve o placar. A disputa foi para a prorrogação, mas a igualdade persistiu. Nos pênaltis, o atacante rubro-negro Lima, revelado pelo Coritiba, converteu o penal que deu o título para o Atlético.



(Por Diogo Rodrigues)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

AtleTiba, duelo de paranaenses apaixonados pelo futebol

Tudo começou quando um grupo de jovens, descendentes de colonos germânicos, moradores de Curitiba e apaixonados por esportes, foram apresentados a Frederico Fritz Essenfelder, que trazia da cidade de Pelotas (RS) uma grande novidade: um objeto esférico revestido por couro. Após alguns cabeceios e embaixadas, Fritz apresentou o objeto aos colegas, explicando que se tratava de uma bola de futebol.

Os curitibanos não perderam tempo. Conseguiram uma área entre as ruas João Negrão e Marechal Floriano, atrás do quartel da Polícia Militar, onde passaram a praticar o futebol e tomar conhecimento de suas regras e determinações. E logo chegou o primeiro convite: uma partida na cidade de Ponta Grossa. Enfim, no dia 23 de outubro de 1909, os jogadores entraram em campo pela primeira vez para defender o time da cidade de Curitiba. Na ocasião, o time de Ponta Grossa venceu a partida por 1 a 0, gol marcado pelo inglês Charles Wright. Estava criada a primeira versão do atual Coritiba Foot-Ball Club. A data oficial de fundação ficou sendo 12 de outubro de 1909, pois exatamente naquele dia chegara o convite oficial para a realização da primeira partida de futebol em Ponta Grossa.

Três anos depois, Joaquim Américo decidiu, em 22 de maio de 1912, fundar um novo clube de futebol em Curitiba. Naquele dia, na sede do Jockey Club, na Praça Zacarias, nascia o Internacional Foot-Ball Club. O nome significava uma negação aos times de colônia, predominantes na cidade na época. Em pouco tempo o Internacional se transformara num dos principais clubes do Estado. Com um plantel recheado, foi possível montar seis times. De 1912 a 1915, quando ainda não existiam competições oficias no Paraná, o clube promovia festivais contra as equipes reservas, destacando-se o América e o Americano.

Em 1914, descontentes com a condição de time reserva, os componentes do América decidiram se desvincular do Internacional, fundando o América Foot-Ball Club, que utilizava as cores vermelha e branca em seu uniforme. Dez anos depois, no dia 21 de março de 1924, os diretores do Internacional e do América reuniram-se para discutir uma fusão dos dois clubes, assunto que vinha sendo comentado há mais de um ano. Depois de muita conversa, resolveram se unir e, assim, surgiu o Clube Atlético Paranaense.

O primeiro jogo oficial

O primeiro confronto entre Atlético Paranaense e Coritiba ocorreu em 20 de abril de 1924, numa partida de trinta minutos. O Atlético levou a melhor: 2 a 0, gols de Ary e Motta. A validade do resultado é contestada, pois não se tratava de uma partida oficial com noventa minutos de duração. Sendo Assim, o primeiro Atletiba oficial aconteceu no Campeonato Paranaense de 1924, no dia 8 de junho. O Coritiba venceu por 6 a 3, com quatro gols de Ninho.

Nasce
a rivalidade

Inicialmente, a rivalidade tinha base nas origens destes clubes, com cada um deles representando uma camada social, sendo o Coritiba o clube dos alemães. A própria fundação dos clubes tem certa dose de competição, já que os fundadores do Internacional, um dos clubes que deram origem ao Atlético, eram dissidentes do Coritibano, que mais tarde se transformou no Coritiba.

Porém, um fato que dizem ser a origem de toda a rivalidade existente entre os dois times começou a florir num jogo amistoso. A loja de calçados "Fox" propôs para Coritiba e Atlético a disputa de um amistoso cujo vencedor receberia uma singela taça. A partida terminou empatada em 1 a 1, com o alviverde assinalando seu gol de empate nos minutos finais da partida. A gana das equipes em busca do troféu foi tão grande ao ponto de que muitos atribuem a este fato o início da rivalidade entre os dois clubes. Como não houve vencedor, nova partida foi marcada. Resultado: 4 a 4. Na terceira partida, em pleno estádio da Baixada do Água Verde, (primeira casa do furacão, com gol do meia Ernesto, o Coritiba venceu por 1 a 0 e levou a taça para casa. As partidas foram disputadas nos dias 06/09/1925, 20/02/1927 e 20/03/1927, respectivamente.

Apelido Coxa-branca

Em outubro de 1941, quando a II Grande Guerra ainda estava em andamento, a dupla AtleTiba decidiu um campeonato regional pela primeira vez. Na primeira partida, disputada no Estádio Joaquim Américo, o dirigente atleticano Jofre Cabral esbraveja a plenos pulmões: "Alemão... quinta coluna... COXA BRANCA". Os insultos tinham um alvo: Hans Egon Breyer, alemão de nascimento e zagueiro da equipe alviverde. As ofensas acabaram servindo de estímulo à equipe alviverde, que venceu por 3 a 1. Na partida final, mais um triunfo, desta vez por 1 a 0. O título foi muito comemorado e o termo Coxa-Branca, com o passar do tempo, virou sinônimo da torcida do Coritiba.

Livro conta a história do Dérbi

O maior clássico do Paraná já rendeu até livro. Atletiba, a paixão das multidões, lançado em 1994 pelos jornalistas Vinícius Coelho – que torce para o Coritiba – e Carneiro Neto – atleticano desde criança.

O maior artilheiro de AtleTibas é Neno, ex-atacante do Coxa, que marcou 20 vezes. Dos jogadores que estão em atividade, o centroavante Brandão – ex-Coritiba, atualmente no Olympique de Marselha (FRA) - é o maior artilheiro do dérbi, com oito gols marcados entre os anos de 1995 e 2000.

Em 1995, os arquirrivais conseguiram, juntos, o acesso para a Série A do Brasileirão de 1996. O Atlético conquistou o título, da Segunda Divisão, enquanto que o Coritiba foi o vice. O Furacão contava com a segurança do volante Leomar, que chegou a ser capitão da Seleção Brasileira, além da dupla de ataque formada por Paulo Rink e Oseás. O baiano de trancinhas, aliás, foi o artilheiro da competição, com 14 gols. No Coritiba, os destaques eram os pratas-da-casa Claudiomiro e Alex, além do veterano Gralak. No seu primeiro ano profissional, Alex teve participação fundamental no acesso do Coxa. Ele fez o gol que abriu caminho para a vitória por 3 a 0 sobre o arquirrival Atlético, na penúltima rodada do quadrangular final da Série B. No seu site oficial, Alex escolheu esse dérbi como sua partida inesquecível pelo Coritiba.

A Arena da Baixada, inaugurada em junho de 1999, ficou com o simbólico título de estádio mais moderno do Brasil por muito tempo (talvez até a construção do Engenhão para os Jogos Panamericanos de 2007). Como dizem os coxas-brancas, o Coritiba 'carimbou' a Arena, vencendo seu rival por 2 a 1 no primeiro dérbi realizado por lá. De certa forma, os atleticanos também podem se gabar por terem 'carimbado' o ano do centenário coxa-branca, conquistando o título estadual de 2009.

Coritiba e Atlético são os maiores vencedores do Campeonato Paranaense, com 34 e 22 títulos, respectivamente. Ao longo da história do torneio, os arquirrivais já protagonizaram 18 finais. Quem leva vantagem? Ninguém. Cada um derrotou seu rival em nove decisões. Em 2010, o Coritiba sagrou-se campeão estadual com uma rodada de antecipação, vencendo um AtleTiba, no Couto Pereira, por 2 a 0. Foi o único confronto dos arquirrivais neste ano, já que eles disputam divisões diferentes do Campeonato Brasileiro.

No fim de setembro até rolou um AtleTiba online. A disputa era pra ver qual Twitter oficial de cada clube conseguia angariar o maior número de seguidores. Até a data desta postagem, a briga permanece acirrada, mas o Furacão leva ligeira vantagem: 6938 seguem o @atleticopr, contra 6626 que acompanham o @coritibaoficial.

Números do confronto:


(por Lucas Gadbem e Diogo Rodrigues)